Nunca disse que te amo, não por nunca ter alimentado em meu peito esse sentimento.Mas por ter a certeza que em momento algum cogitaste vivenciar essa experiência ao meu lado.
Nunca encontrei o momento oportuno para ti falar como eu esperava ansiosamente o teu telefonema, como o meu corpo estremecia e minhas mãos gelavam ao te ver e o quão agradável e prazerosa era tua companhia para mim.
Não por nunca ter estado contigo, mas por ter a convicção que em instante algum estiveste de verdade inteiramente presente, pois tua permanência ao meu lado foi sempre e unicamente de caráter física.
Nunca pude te relatar que por dias a fio tu fostes o protagonista de todos os meus sonhos, que era teu semblante que embalava meu sono, que era teu nome com um '"DE"de Deus e Demônio que ecoava em meu pensamento ao deitar e levantar como oração.
Relatos ocultos não por falta de palavras, mas por medo de que pudessem ser interpretados como algum tipo de cobrança por minha parte.Afinal tudo o que queria de ti era o que tinhas e podia oferecer,nada mais.
Nunca declarei abertamente meu amor por ti, não por desacreditar nele, mas para impedir que todo o esplendor do milagre de amar caísse no vão das coisas ridículas e obsoletas por vezes dignas de compaixão, ao qual e condenado tudo aquilo que se rejeita.
Nunca tentei esconder os meus sentimentos de ti, apenas em instante algum te encontrei disposto a encarar a realidade destes.No fundo o amor que sinto por ti não foi nada além de um monólogo representado num quarto de motel para um único espectador desatento
segunda-feira, 27 de abril de 2009
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