sábado, 25 de abril de 2009

como você nunca viu

O meu pai e desordeiro
Minha mãe se prostitui
Meu irmão só quer dinheiro
Eu joguei pedra na cruz.

O meu berço foi a rua
Meu brasão falsificado
Etiqueta de almanaque
Mas não sou pobre coitado.

Sou metida a santinha
Isso e pura enganação
Por dentro sou uma cobra
Tenho alma de leão.

Por isso me desculpe amigo
se eu cheguei te enganar
Mas só finjo, dissimulo
Se tenho algo a ganhar

No frio do desapego
Cada dia é um só, por si
nem remorso, nem desprezo
O que eu quero é curti.

Meu amor vale dinheiro
Os sentimentos são forjados
Por isso se me quer ao teu lado
Preciso ser recompensado

Não desiluda, descreia
Pois de tudo eu posso ser
Só preciso que me diga:
O que eu devo fazer?

Só não mudo o que acredito
É meu princípio de verdade
O que crio do que sou
É força da realidade.

Mas não sou vítima
Não sou márti
Santidade é coisa a parti
E eu sou do inteiro.

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