quinta-feira, 5 de novembro de 2009

No caminho...

O ônibus passou por ele e ele passou por mim, uma janela nos separa.

Da janela recortes do que vimos.



De fora janela alguem admira a paisagem



















sexta-feira, 28 de agosto de 2009

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

domingo, 23 de agosto de 2009

semana de recepção 2009.2

Babilônia irmãos!!!!
Babilônia
Pintados para o pedágio...É por uma boa causa, a causa da orgia(rsrsrsrs)

Bichos 2009.2

domingo, 16 de agosto de 2009

Recepção


Olha os loucos! Pense num povo estudioso... São phd nos efeitos do alcool...Pende nuns amigos loucos esses meus...Ainda bem que eu sou a fotografa oficial num tem como ninguém provar que eu estava nesse meio minha imagem num aparece...rsrsrsrs




Ritual de passagem...
O famoso batisado dos bichos...


Esse não resistiu bodou foi cedo só acordou as 11 com a gente chamando...










As imagens quase falam por si só...
Vejam que povo louco...Em plena sexta-feira todo mundo embriagado!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

...

Eu não sou a mulher que você sempre sonhou;
A meiga menina que te dar amor;
A amante sedenta que sacia seu prazer;
O enfeite perfeito que você sempre quis ter.

Minha vida, o que faço, o que sinto tem defeitos;
Tenho raiva, me rendo a ira, sou grosseira, tenho medos.
Preconceitos e limites me impedem de ceder;
O meu corpo não é arte simplesmente ele faz parte da arquitetura do universo, do meu viver.

Mas eu te amo, eu te quero do meu jeito imperfeito.
Por inteiro com defeitos, cheio de erros, muitos medos e preconceitos
Duplamente acentuados no convívio de dois ser.


Mesmo eu não sendo a mulher que você sempre sonhou
A meiga menina que te dar amor;
A amante sedenta que sacia seu prazer;
O enfeite perfeito que você sempre quis ter.


Eu te amo com reservas, sem certezas, sem promessas, sem entregas
Com lacunas nas muitas sombras que envolvem teu olhar;
Eu te quero mesmo conhecendo teus limites pra amar;
mesmo não sendo a idealização do seu bem querer;
Eu ainda suporto estar perto de você!

sábado, 2 de maio de 2009

SÓ MAIS UM...

Eu não fui a escola;
Não tenho profissão;
O pouco que aprendi
foi vivendo,meu irmão!

Foi andando pela rua;
Sentando nas calçadas;
Dormindo no relento;
Constantemente rejeitada.

Trabalhando o tempo todo
pra vitória alcançar;
Sonhando com o dia
de tudo melhorar;

Esperando pela hora
do milagre realizar;
Reciclando o planeta
mas quem me reciclará?

Busco oportunidade;
Quero reconhecimento;
Tenho seriedade;
Em meu procedimento;

Acordo todo dia,
Antes do sol levantar.
Descanso só na hora
Que já num dá pra aguentar;

Mas estou desempregado;
Um excluso cidadão;
Sou do mercado reserva,
pra manter esta situação.

Não suporto mais promessa,
nem viver de oração.
Cadê as providências?
Chega de enganação

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Quero-te(ou naum)

Quero te amar sem ser só um segredo;
Quero poder gritar pro mundo ouvir;
Quero uma foto contigo, um endereço;
Quero telefonar, chamar por ti.

Não quero ser a amiga que trás consolo;
Não quero ser a amante, que só dá prazer;
Não quero ser a esposa que lhe tirá o fôlego;
Só quero viver esse amor junto com você.

Quero mais que horas, o dia inteiro;
Mais que um adeus, um vou voltar;
Mais que compromisso eu quero apego;
Mais que simples conquista eu quero amar.

Caminhar contigo de mãos dadas;
Te dar um beijo deixando o mundo inteiro olhar;
Te abraçar sem ter sua rejeição.
Ter aconchego em teu colo e em teu peito sonhar;

Quero construir uma linda história;
Que tenha a duração do bem querer;
Quero que fiquem em minha memória;
Mais que prazerosos momentos, saudades de você.

Quero mais que horas, o dia inteiro;
Mais que um adeus, um vou voltar;
Mais que compromisso eu quero apego;
Mais que simples conquista eu quero amar.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

cínico amor

Cínico, dissimulado com olhar de sedutor
Pouco a pouco conquistou o meu amor
Foi se achegando com jeitim de quero mais
E minhas armas fui deixando para trás.

Você chegou
Não perguntou
Não quis saber
Nem reclamou
Me abraçou
Me apertou
Me encheu de amor
Me fez sentir que a vida era um pouco mais
Minhas certezas fui deixando para trás.

Eu fui querendo
E de mansinho ao teu jogo me entreguei
Deixei rolar
Deixei ficar
Não contestei
Dissimulei paguei pra ver
Não resisti
Belos instantes simplesmente eu vivi.

Foi diferente
Nada igual nunca
Nunca aconteceu
Nossos momentos eram só você e eu
Paredes mudas que nada iam dizer
Coisas tão loucas que só a gente ia saber

Cínico, dissimulado você me conquistou
Nada mais sou que a cópia do nosso amor
Uma mentira
Uma bela ilusão
Uma atracão
A servidão de dois querer.

Eu e você, dissimulados, mentirosos e jogador
Nos arriscamos saciando nosso amor
Desejo louco de momentos de prazer
Dois corpos juntos unicamente pra se ter.

Monólogo de uma paixão

Nunca disse que te amo, não por nunca ter alimentado em meu peito esse sentimento.Mas por ter a certeza que em momento algum cogitaste vivenciar essa experiência ao meu lado.
Nunca encontrei o momento oportuno para ti falar como eu esperava ansiosamente o teu telefonema, como o meu corpo estremecia e minhas mãos gelavam ao te ver e o quão agradável e prazerosa era tua companhia para mim.
Não por nunca ter estado contigo, mas por ter a convicção que em instante algum estiveste de verdade inteiramente presente, pois tua permanência ao meu lado foi sempre e unicamente de caráter física.
Nunca pude te relatar que por dias a fio tu fostes o protagonista de todos os meus sonhos, que era teu semblante que embalava meu sono, que era teu nome com um '"DE"de Deus e Demônio que ecoava em meu pensamento ao deitar e levantar como oração.
Relatos ocultos não por falta de palavras, mas por medo de que pudessem ser interpretados como algum tipo de cobrança por minha parte.Afinal tudo o que queria de ti era o que tinhas e podia oferecer,nada mais.
Nunca declarei abertamente meu amor por ti, não por desacreditar nele, mas para impedir que todo o esplendor do milagre de amar caísse no vão das coisas ridículas e obsoletas por vezes dignas de compaixão, ao qual e condenado tudo aquilo que se rejeita.
Nunca tentei esconder os meus sentimentos de ti, apenas em instante algum te encontrei disposto a encarar a realidade destes.No fundo o amor que sinto por ti não foi nada além de um monólogo representado num quarto de motel para um único espectador desatento

sábado, 25 de abril de 2009

como você nunca viu

O meu pai e desordeiro
Minha mãe se prostitui
Meu irmão só quer dinheiro
Eu joguei pedra na cruz.

O meu berço foi a rua
Meu brasão falsificado
Etiqueta de almanaque
Mas não sou pobre coitado.

Sou metida a santinha
Isso e pura enganação
Por dentro sou uma cobra
Tenho alma de leão.

Por isso me desculpe amigo
se eu cheguei te enganar
Mas só finjo, dissimulo
Se tenho algo a ganhar

No frio do desapego
Cada dia é um só, por si
nem remorso, nem desprezo
O que eu quero é curti.

Meu amor vale dinheiro
Os sentimentos são forjados
Por isso se me quer ao teu lado
Preciso ser recompensado

Não desiluda, descreia
Pois de tudo eu posso ser
Só preciso que me diga:
O que eu devo fazer?

Só não mudo o que acredito
É meu princípio de verdade
O que crio do que sou
É força da realidade.

Mas não sou vítima
Não sou márti
Santidade é coisa a parti
E eu sou do inteiro.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Se algum dia eu falecer por morte desconhecida, tenha certeza de que sua causa foi sentimentos contidos.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O único e grande problema do amor é a subjetividade.

NOSSOS PRÍNCIPES

Meu príncipe não tem cavalo branco;
Não tem nome cumprido;
Não mora num castelo;
Não me salva do perigo.

Meu príncipe não tem elevada altura;
Não tem olhos azuis como o mar;
Não fala palavras bonitas;
Não se acha capaz de amar.

Meu príncipe não tem vestes nobres;
Não é um bom cavaleiro;
Não tem perfeição no que faz;
Não sabe ser cavalheiro.

Meu príncipe não tem reinado;
Não tem coroa e majestade;
Não é de família importante;
Não só me traz felicidade.

Meu príncipe não é herói;
Não tem espírito justiceiro;
Não daria por mim a vida;
Não demonstra tristeza nas partidas.

Meu príncipe é um simples sapo;
Não me custa assumir;
Não gostaria que assim o fosse;
Não vou contudo fingir.

Dedicado: A todos os sapos que a paixão transforma em príncipes encantados.


terça-feira, 21 de abril de 2009

Embriagues

Ébril com o álcool do esquecimento
Cimentando na pedra da lembrança um vazio raso
Da melodia extraindo a tormenta alucinogéna
Que a meta ulterina afoga no gole insípido.

Sentidos guiados sem condutor entre tortuosas e derrapantes pistas
Delírio desenfreado cavolga da plácida inércia à ser protagonista
Dá vontade reprimida extrai-se a ação abrupta não contida
No álcool florescendo o condenaveu e reprimido querer.

Sob a pedra do poçõ de gelo a água é morna
No obscuro a visão necrótica da idéia cólera desponta
Redundantemente reduz-se o feito a lapsos de memória de outrora

Primavera de bons tempos que eram no terrenos dos desvaneios
Triste inverno trovejando a irá na chuva de álcool
O verão quente ensano tem brio o ebril alcool alicerçando o fictício palco do meu sentir.

Desejo

Na festa da festa
Libero o querer
Livre do pudor
Entregue ao prazer.

Sacio a sede
Fome de paixão
Luxúria bandida
Astral da situação.

No desvaneio a loucura
Do meu próprio querer
Na busca da cura
O secreto momento de sugar teu ser.

Enfernidade criada
pra consumação do desejo
Cura alcançado
Por teus lábios e beijos.

Corpos a palpitar
Àpice do prazer
Festa da carne
Saciação do ser.

domingo, 19 de abril de 2009

Ilusão

Escuro muro de palavras que devora;
Turva a vista, cria a sombra ilusória;
Dos sentidos esconde ao tato o fogo ardente;
Das mentiras a verdade e o que se mente.

Não ao belo que impresiona e afaga;
Não amor, paixão, afago, bem querer;
Sim construo destroindo o que amo;
Não sou mais que os meus medos de engano.

Sou demente da loucura realista;
Do real que em ilusão me faz crescer;
Sucumbindo o meu frágil e desejoso querer.

Marionete programada pelo dono;
Condutor e conduzido por seus medos;
Do amor que a vida aflora e mina a broto.

domingo, 8 de março de 2009

Blá, blá

Blá, blá,blá
Palavras, palavras,palavras...
Blá,blá, blá
Ecos soltos no ar.
Blá,blá, blá
Alguém fala?
Blá,blá, blá
Nada diz!
Blá,blá,blá
Somente palavras.
Blá, blá, blá...

Só um desabafo

Eu te quero ao meu lado não como uma aventura de momento, mas com a segurança do sentimento sincero e espontâneo.
Eu busco teus beijos, teus abraços, teu sexo não como vazias e superficiais fontes de prazer, mas como a expansão da manifestação do amor.
Eu quero tua companhia não para exibi-la aos demais, mas para compartilhar a venturosa sensação que preenche os corações apaixonados.
Eu te amo com todas as minhas forças, meus sentidos...Mas se não estas disposto a entregar-se verdadeiramente a este sentimento prefiro a distância que a solidão compartilhada da indiferença.
Amo-te e não lhe cobro que correspondas os meus sentimentos, mas não permito que uses meu bem querer como fonte de fútil diversão e exaltação do ego.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Queria...

Queria poder falar de amor,
mas não o conheço o suficiente.
Queria poder falar sobre a vida,
mas ela é complexa e por vezes incompreensível.
Queria falar sobre fé,
mas creio não ser a pessoa mais indicada.
Queria poder falar sobre religião,
mas meus sentimentos incrédulos não permitem.
Queria poder fala sobre Deus,
mas sou apenas um ser humano indigno e corrompido.
Queria falar sobre poesias e versos,
mas o que escrevo são simples rabisco pueril.
Queria falar sobre tudo ou mesmo sobra algo,
mas não domino a ciência e pouco sei dos mistérios do viver não podendo falar de nada.
Queria poder...
Queria ser...
Queria entender...
Porque mesmo o simples é complicado e
muito do que se crer esta certo tá errado.
Queria poder falar e por vezes calar,
mas nem sempre isso é possível.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Distância

D esde sua partida

I nsisto em me lembrar de ti

S entindo imensa saudades


T entei até parti ao teu encontro

A ngustiada esperei notícias

N o entanto nunca as recebi

C om certeza foi duro, mas hoje agradeço

I magine sofrer por alguém igual a ti

A inda bem que partiste pois só assim pude perceber que nosso amor nunca existiu

Ao menos pra você.

Solidão

A tristeza aos poucos lentamente envolve meu ser;
O abismo sob meus pés absorve todos os meus sentidos;
A dor suga a dissimulada alegria ainda manifestada.
O chão se esvai a cada passo meu;
A escuridão se aproxima a cada bater de pálpebras;
As forças cessam me roubando o pouco movimento.
A solidão incontrolável fogo destruidor consome a pouca esperança;
A ansiedade impossibilita qualquer ação sempre lenta demais pra te encontrar;
Tudo porque já não estás ao meu lado nem em meu destino.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Passeio no viver

Caminhei por entre ruas, alamedas e avenidas
Senti aromas de flores raras, essências falsas, suor do prazer...
Presenciei risos fingidos, choros forjados, simulações do sentir...

Nas calçadas escuras vi apontar a noite e nascer o dia;
Das rosas solvi o aroma e feri-me no espinho;
No espetáculo recebi o calor do público e a solidão dos bastidores.

O amor eu vi nascer e morrer como uma efêmera flor que murcha;
O ódio eu vi dissipar-se como a escuridão ao raiar do sol;
Dos sentimentos presenciei as mais perfidas inclinações.

Estive presente e ausente sem me afastar;
Estive unida, entregue... apesar da distancia;
Estive perdida e me encontrei nas contradições do meu próprio viver e sentir.
RENATA LOPEZ

Só uma carta

Guardo te em meu coração como a um tesouro;preservo nosso amor como um sigilozo segredo; cuido de nossa união como uma semente da qual se espera extrair o pequeno broto; lembro nossos momentos com a intensidade e entusiasmo dos primeiros encontros.
Abraço te com a firmeza de uma rocha, a leveza de um bater de asas e a ternura de uma criança;Beijo te não apenas com meus lábios mas com todos os sentidos, todo o meu querer;Acaricio te como a uma jóia rara, frágil, única e verdadeira.Amo te com toda a minha alma, meu ser, meu corpo, meu amar... E me entrego por inteiro a este sentimento.
Vivo todos os dias a certeza desse amor, a entrega dessas almas, a venturosa felicidade que inunda o espírito dos apaixonados, o prazer e a alegria que só o amor puro e verdadeiro pode oferecer.
renata lopes

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

VIDA EM PALAVRAS

VIDAS
MIL
IDAS
PERDIDAS
VIL
VINDAS
CORRIDAS
BRIO
VENDAS
SORTIDAS
CÍO
TIDAS
MEDIDAS
CRIO...
VIDAS
MIL
SINAS
IDAS
VINDAS
TIDAS
CIO
VIL
BRIO
MIL
SINAS
VIL
VIDA

Arte do viver

Se a maquinária enguiçar
A porta cerrar
A vida parar
Cante
Talvez a melodia contagie com seu ritmo
E provoque movimento
se o sonho murchar
O brilho acabar
A solidão chegar
Interprete
Talvez a atuação convença
E o monólogo não seja tão solitário
Se os olhos chorar
o peito apertar
O fôlego calar
Dance
Talvez a linguagem corporal seja a mais sincera
E a expressão dos sentimentos se dê em toda a extensão do ser
Mas...Se tudo tiver bem
Cante, interprete, dance com alguém
A felicidade é arte também.

Família

Fomos feitos um para o outro
As vezes não nos reconhecemos
Descremos e negamos
Nos desentendemos e distanciamos

Em vários momentos brigamos
Em tantos outros reconciliamos
Passamos, andamos, corremos e somos
Mesmo rejeitando não mudamos

Muitos defeitos envolvendo os feitos
Inúmeros, ditos, malditos e gritos
No choro compartilhado da dor dividida
Ameniza se a ira ao se constatar

O que pra muitos é jóia
Para outros é nóia
Mesmo tendo os que a preservem
Temos quem a condene e reneguem

Mas se poucos conhecemos os outros buscamos
Se em muitos nós somos o todo é um múltiplo
Indivíduos divididos no eu e no nós
Inteiro no grupo no erguer de sua voz

Tendo o amor e o ódio sempre a rondar
O inteiro e a fração sempre a se mostrar
A vida, a ida,o romper, estar, juntar
Entre conflitos e gritos, brigas e reconciliar, FAMÍLIA.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Oração do amor

Sobre o mar azul,
Abaixo do céu,
Diante de Deus.
Deixo a minha prece,
O meu cantar ,
Minha oração .
Peço que Deus me atenda,
E me compreenda ,
Faça realizar.
Abençoe nosso amor,
Livre nos da dor.
Nos mostre o verdadeiro fervor de amar.
Derame nos suas graças,
Ensine nos suas práticas,
Seja fial condutor.
Que nos guie por toda vida,
Dia e noite, noite e dia,
Por toda existência sua e minha.
Renata lopes

Confissões de espelho 02

Nunca confesse deixe que provem sua culpa se forem capaz é claro.

rabiscos

É um escrito perdido
Rasura, rabisco
Sem conformação
Um escrito sem ditos
Entre muitos perdidos
Sem verso, sem ritmo
Sem formas escrito
Rabisco de nada
Rasura sem cara
Sem estetica e forma
Descansa na alcova
Na gaveta trancada
Com frases caladas
Sempre a silenciar
Formas de pensar
Sem nada dizer
Com muito a falar
Esquecido nos ditos
De um escrito perdido
Renata Lopes

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Meu eu

Busco razão
Experimento o frio da solidão
Estou perdido sem nenhuma direção
Os meus sonhos se esvaem em meio ao vão.

Tento seguir
Encontrar algum motivo pra sorrir
Não aguento mais tenho que ir
Preciso desprender- me quero partir.

Sou sonhador
Mas me falta paz só tenho dor
A melancolia e o rancor
Aos poucos consumindo meu próprio amor.

Devo buscar
Um afago para não chorar
Algo que me faça caminhar
A leveza da brisa o plácido ar.

Não suporto mais
Minhas tristezas devo deixar para trás
Preciso de vida eu quero paz
Dos sentimentos todos os bons nenhum dos más.

Busco razão
Para uma busca da ilusão
Para os conflitos da emoção
Quero a calma pro meu coração.

Renata lopes

RETRATO

Ê tá mundinho de nada
Mundinho de pó
De vergonha e de dor
De triste espera
De longa demora
Na busca da hora
De tudo mudar
No céu e na terra
A guerra real
Homem e natureza
Guerra desleal
Tá no vento a poeira
Na terra seca e lamaçal
No rio a nojeira
Detrito do mal
Na casa a latrina
Na face a tormenta
Sofra experiência
Falta comunhão
A vida é de cão
O sonho sem cor
Dia-a-dia de dor
Perfídia de ética
Se chora a verdade
Alegra a mentira
Sobra a nostalgia
È fútil a razão
Por trás da cortina
Podre bastidor
Espetáculo forjado
Inescrupuloso diretor
Onde do publico a espera
De pouco adianta
Pois se o tempo trás
O destino o leva
A vida o nega
Manda descansar
Na terra do nada
A vida é pó
Descansa sem dor
Pobre sofredor
Enterrando a vergonha
Dum mundinho de nada.
Renata lopes

sábado, 31 de janeiro de 2009

Confições de espelho

Ao meu cumplice e amigo espelho que sempre presencia meus piores diálogos e triste encontros uma confição que faço no silêncio de um olhar, bem perto de Deus elonge dos padres.

MEDO

Na ânsia do imaginário
O tormento do real
A mente em desespero
No físico palpável mal
O peito em holocausto
Sufocante palpitação
Nos olhos acesa a chama
Que bloqueia qualquer ação
No correr do ponteiro marcante
O tormento sufocante
O corpo não obedece
Apenas passivo padece
Nos grilhões do desespero
No ápice feroz animal desponta
Mas com ingênua bravura
Não difere a loucura da viva situação
Paralisia ou agito
Sufoco ou alto grito
Tremor quiça palpitação
O medo é que afligi
Novo e velho coração
Em cruel anomalia do normal
Num medo do ilusório e por vezes do real.