sábado, 4 de outubro de 2008

Martir

Por quanto tempo ainda continuarei neste martírio?
Por quanto tempo mais suportarei esta dor que atravessa meu peito como uma fecha?
Será que essa tortura prolongara-se até o fim do meus dias?
Meu corpo já esta abatido ;
Meus pensamentos já não sabem o que é sonhar;
Meu coração esta ficando endurecido;
Dos meus olhos já não caem lágrimas.
Sou uma folha seca arrastada pelo vento;
Sou um corpo velho e cansado sem espírito;
Sou um nada na vastidão do infinito.
Apego me a última raiz de esperança que parece existir dentro de mim, mas sinto a escorrer por entre as mãos.
Procuro no mais distante e profundo do meu ser fazer uma prece a Deus,
No entanto já não sei como fazê-la.
A vida foi para mim o mais pesado dos fardos,
O mais doloroso dos castigo,
O pior entre todos os castigos.
Estou cansado, abandonado;
Sem ninguém que vele por meu corpo vivo,
Condenado a ter um espírito morto.
Sou mártir por defender um amor que foi covarde,
Por amar a quem não me ama
Ao invés de amar-me.
Renata Lopes de Oliveira

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