BONECO

BONECO DE PANO
TE JOGO DE LADO
TE PISO MALTRATO
A VIDA É ASSIM.

AQUI EU QUEM MANDA
TE CALA ,TE MANCA
SAI FORA DE BANDA
NÃO OLHA PRA MIM.

NÃO ENCHE ME SACO
OU CORPO TEU BARATO
NÃO ME COBRA ATENÇÃO
NÃO TENHO ESSA DISPOSIÇÃO.

BONECO DE PANO
JÁ TE DOU ENCHIMENTO
E NÃO PERCO MEU TEMPO
COM SUA AFLIÇÃO.

BONECO, BONECO, BONECO
DE PANO, DE PANO, DE PANO
BONECO, BONECO, BONECO
BAMBO, BAMBO, BAMBO

ACOMODADO

ACOMODADO
SENTADO NA CADEIRA
O MUNDO NUMA LADEIRA
E EU TÔ NEM AÍ.

DEIXA JORRAR A ÁGUA!
DEIXA O GLOBO PARAR!
DA VIDA NÃO LEVO NADA.
PRA QUÊ ME PREOCUPAR?

SE NÃO TEM MAIS BANDIDO
NÃO VEJO DITADOR
PRA QUE UMA MILITÂNCIA
SE A GUERRA PAROU?

ACOMODADO
VIVENDO O MEU DIA
MINHA IDEOLOGIA
DEIXA AS ÁGUAS ROLAR...

SE SOU
MAIS UMA CRIANÇA
E DAS CIRCUNSTÂNCIAS
SOU SOFREDOR!


SE NINGUÉM MAIS
FAZ NADA
PRA QUE PARA
PRA PENSAR E AGIR?

ELE VIVEU/MORREU

Ele morreu
partiu da vida
foi a droga
que o levou

Sua existência
foi pequena
O seu vício
não domou.

Se perdeu
na armadilha
de um futuro
promissor

Ele queria
ser artista
e as vezes
ser doutor

Ele sonhou...
Ele sonhou...

E se perdeu
na ilusão
do alucinogeno
sedutor


Ele sonhou...
Ele sonhou...

Ele viveu
na paranóia
o que quando
sóbrio desejou

Ele partiu
se aliviou
Curou o vicio
E outra vida REcoMEçou

Ele viveu...
Ele viveu...
Ele morreu...
Ele sonhou..
Ele viveu...
Ele viveu...
Ele viveu...

Sem fronteiras.

Eu vou criando
sem perceber,
Vou construindo
com meu viver.

Não sigo a regra
nem via de contra mão.
O que eu levo
é o reflexo da ação.

O mundo gira...
Eu em mutação.
O corpo definha
e eu em construção.

Não caibo na reta
nem na cirunferência.
Minha história não tem seta.
Coerência a gente inventa.

Abram-se parênteses
sem limitação,
Pois a minha essência
tá em ebulição.

Se a casca é fluida
sempre a germinar,
com transformações continuas
dogmar não dá.

O que melhor define
É a indefinição
Pois qualquer resposta
e limitação.