quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Queria...

Queria poder falar de amor,
mas não o conheço o suficiente.
Queria poder falar sobre a vida,
mas ela é complexa e por vezes incompreensível.
Queria falar sobre fé,
mas creio não ser a pessoa mais indicada.
Queria poder falar sobre religião,
mas meus sentimentos incrédulos não permitem.
Queria poder fala sobre Deus,
mas sou apenas um ser humano indigno e corrompido.
Queria falar sobre poesias e versos,
mas o que escrevo são simples rabisco pueril.
Queria falar sobre tudo ou mesmo sobra algo,
mas não domino a ciência e pouco sei dos mistérios do viver não podendo falar de nada.
Queria poder...
Queria ser...
Queria entender...
Porque mesmo o simples é complicado e
muito do que se crer esta certo tá errado.
Queria poder falar e por vezes calar,
mas nem sempre isso é possível.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Distância

D esde sua partida

I nsisto em me lembrar de ti

S entindo imensa saudades


T entei até parti ao teu encontro

A ngustiada esperei notícias

N o entanto nunca as recebi

C om certeza foi duro, mas hoje agradeço

I magine sofrer por alguém igual a ti

A inda bem que partiste pois só assim pude perceber que nosso amor nunca existiu

Ao menos pra você.

Solidão

A tristeza aos poucos lentamente envolve meu ser;
O abismo sob meus pés absorve todos os meus sentidos;
A dor suga a dissimulada alegria ainda manifestada.
O chão se esvai a cada passo meu;
A escuridão se aproxima a cada bater de pálpebras;
As forças cessam me roubando o pouco movimento.
A solidão incontrolável fogo destruidor consome a pouca esperança;
A ansiedade impossibilita qualquer ação sempre lenta demais pra te encontrar;
Tudo porque já não estás ao meu lado nem em meu destino.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Passeio no viver

Caminhei por entre ruas, alamedas e avenidas
Senti aromas de flores raras, essências falsas, suor do prazer...
Presenciei risos fingidos, choros forjados, simulações do sentir...

Nas calçadas escuras vi apontar a noite e nascer o dia;
Das rosas solvi o aroma e feri-me no espinho;
No espetáculo recebi o calor do público e a solidão dos bastidores.

O amor eu vi nascer e morrer como uma efêmera flor que murcha;
O ódio eu vi dissipar-se como a escuridão ao raiar do sol;
Dos sentimentos presenciei as mais perfidas inclinações.

Estive presente e ausente sem me afastar;
Estive unida, entregue... apesar da distancia;
Estive perdida e me encontrei nas contradições do meu próprio viver e sentir.
RENATA LOPEZ

Só uma carta

Guardo te em meu coração como a um tesouro;preservo nosso amor como um sigilozo segredo; cuido de nossa união como uma semente da qual se espera extrair o pequeno broto; lembro nossos momentos com a intensidade e entusiasmo dos primeiros encontros.
Abraço te com a firmeza de uma rocha, a leveza de um bater de asas e a ternura de uma criança;Beijo te não apenas com meus lábios mas com todos os sentidos, todo o meu querer;Acaricio te como a uma jóia rara, frágil, única e verdadeira.Amo te com toda a minha alma, meu ser, meu corpo, meu amar... E me entrego por inteiro a este sentimento.
Vivo todos os dias a certeza desse amor, a entrega dessas almas, a venturosa felicidade que inunda o espírito dos apaixonados, o prazer e a alegria que só o amor puro e verdadeiro pode oferecer.
renata lopes

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

VIDA EM PALAVRAS

VIDAS
MIL
IDAS
PERDIDAS
VIL
VINDAS
CORRIDAS
BRIO
VENDAS
SORTIDAS
CÍO
TIDAS
MEDIDAS
CRIO...
VIDAS
MIL
SINAS
IDAS
VINDAS
TIDAS
CIO
VIL
BRIO
MIL
SINAS
VIL
VIDA

Arte do viver

Se a maquinária enguiçar
A porta cerrar
A vida parar
Cante
Talvez a melodia contagie com seu ritmo
E provoque movimento
se o sonho murchar
O brilho acabar
A solidão chegar
Interprete
Talvez a atuação convença
E o monólogo não seja tão solitário
Se os olhos chorar
o peito apertar
O fôlego calar
Dance
Talvez a linguagem corporal seja a mais sincera
E a expressão dos sentimentos se dê em toda a extensão do ser
Mas...Se tudo tiver bem
Cante, interprete, dance com alguém
A felicidade é arte também.

Família

Fomos feitos um para o outro
As vezes não nos reconhecemos
Descremos e negamos
Nos desentendemos e distanciamos

Em vários momentos brigamos
Em tantos outros reconciliamos
Passamos, andamos, corremos e somos
Mesmo rejeitando não mudamos

Muitos defeitos envolvendo os feitos
Inúmeros, ditos, malditos e gritos
No choro compartilhado da dor dividida
Ameniza se a ira ao se constatar

O que pra muitos é jóia
Para outros é nóia
Mesmo tendo os que a preservem
Temos quem a condene e reneguem

Mas se poucos conhecemos os outros buscamos
Se em muitos nós somos o todo é um múltiplo
Indivíduos divididos no eu e no nós
Inteiro no grupo no erguer de sua voz

Tendo o amor e o ódio sempre a rondar
O inteiro e a fração sempre a se mostrar
A vida, a ida,o romper, estar, juntar
Entre conflitos e gritos, brigas e reconciliar, FAMÍLIA.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Oração do amor

Sobre o mar azul,
Abaixo do céu,
Diante de Deus.
Deixo a minha prece,
O meu cantar ,
Minha oração .
Peço que Deus me atenda,
E me compreenda ,
Faça realizar.
Abençoe nosso amor,
Livre nos da dor.
Nos mostre o verdadeiro fervor de amar.
Derame nos suas graças,
Ensine nos suas práticas,
Seja fial condutor.
Que nos guie por toda vida,
Dia e noite, noite e dia,
Por toda existência sua e minha.
Renata lopes

Confissões de espelho 02

Nunca confesse deixe que provem sua culpa se forem capaz é claro.

rabiscos

É um escrito perdido
Rasura, rabisco
Sem conformação
Um escrito sem ditos
Entre muitos perdidos
Sem verso, sem ritmo
Sem formas escrito
Rabisco de nada
Rasura sem cara
Sem estetica e forma
Descansa na alcova
Na gaveta trancada
Com frases caladas
Sempre a silenciar
Formas de pensar
Sem nada dizer
Com muito a falar
Esquecido nos ditos
De um escrito perdido
Renata Lopes

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Meu eu

Busco razão
Experimento o frio da solidão
Estou perdido sem nenhuma direção
Os meus sonhos se esvaem em meio ao vão.

Tento seguir
Encontrar algum motivo pra sorrir
Não aguento mais tenho que ir
Preciso desprender- me quero partir.

Sou sonhador
Mas me falta paz só tenho dor
A melancolia e o rancor
Aos poucos consumindo meu próprio amor.

Devo buscar
Um afago para não chorar
Algo que me faça caminhar
A leveza da brisa o plácido ar.

Não suporto mais
Minhas tristezas devo deixar para trás
Preciso de vida eu quero paz
Dos sentimentos todos os bons nenhum dos más.

Busco razão
Para uma busca da ilusão
Para os conflitos da emoção
Quero a calma pro meu coração.

Renata lopes

RETRATO

Ê tá mundinho de nada
Mundinho de pó
De vergonha e de dor
De triste espera
De longa demora
Na busca da hora
De tudo mudar
No céu e na terra
A guerra real
Homem e natureza
Guerra desleal
Tá no vento a poeira
Na terra seca e lamaçal
No rio a nojeira
Detrito do mal
Na casa a latrina
Na face a tormenta
Sofra experiência
Falta comunhão
A vida é de cão
O sonho sem cor
Dia-a-dia de dor
Perfídia de ética
Se chora a verdade
Alegra a mentira
Sobra a nostalgia
È fútil a razão
Por trás da cortina
Podre bastidor
Espetáculo forjado
Inescrupuloso diretor
Onde do publico a espera
De pouco adianta
Pois se o tempo trás
O destino o leva
A vida o nega
Manda descansar
Na terra do nada
A vida é pó
Descansa sem dor
Pobre sofredor
Enterrando a vergonha
Dum mundinho de nada.
Renata lopes